quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O que faremos com o esporte?

Artigo de Plínio Arruda Sampaio- Candidato a presidente pelo Psol

Sem prática de esporte generalizada, a população não é sadia. Esporte faz parte do bem estar da população e precisa ser objeto de atenção do Estado.
No entanto, o Brasil não precisa vender as Olimpíadas ou a Copa do Mundo para afirmar-se interna e internacionalmente. Claro que medalhas olímpicas são bem recebidas, mas colecionar o maior número delas não pode ser a única meta de uma política de esporte.
O objetivo das políticas nessa área deve ser o bem estar dos cidadãos, o desenvolvimento saudável da população, a rigidez das pessoas. O gosto pela prática de esportes deve ser estimulado desde cedo e acompanhado ao longo da vida das pessoas. Não há porque excluir, por exemplo, os idosos.
Mas a prática generalizada do esporte pela população requer instalações esportivas bem equipadas, seguras e à mão. Infelizmente, o que vemos mais uma vez no atual governo é o gasto absurdo de milhões para construir centros olímpicos enquanto milhares de famílias em todo o país são obrigadas a viver em áreas de risco, não têm acesso a serviços de saúde e sequer a alimentação adequada.
A experiência dos Jogos Panamericanos foi ultrajante: os morros e favelas do Rio de Janeiro foram isolados como se seus moradores fossem criminosos.É preciso que o Estado invista pesadamente em educação e educação esportiva, e não apenas favorecer empreiteiras de olho nas obras dos grandes complexos desportivos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário